Nos últimos dezesseis dias tive o privilégio de participar do “Permeabilidades”, promovido pelo CEIA 2012, nos galpões da FUNARTE; o que foi de extrema importância para o meu processo criativo, proporcionando um amadurecimento conceitual que não se firmava, anteriormente, em função do fazer intuitivo.

Otobong Nkanga, artista Nigeriana super centrada e de uma sensibilidade excepcional, me orientou dentro deste processo, mexendo com minhas convicções e proporcionando um repensar constante.

Em meu trabalho individual falo de ciclos, sua presença no processo vital e de efemeridade.

A oportunidade de realização de um trabalho colaborativo enriqueceu ainda mais os aspectos conceituais de minha proposta artística, além de ter sido uma experiência incrível. Com Eliana Magela e seus apagamentos, e Deise Oliveira com sua pesquisa acerca dos diferentes estados das coisas ao longo do ciclo existencial, surgiu o vídeo-arte, Sem Título, que uniu nossas aspirações, falando dos rastros deixados ao apagar do efêmero (no caso, a bolha de sabão pigmentada).

O rastro deixado pelos pigmentos das bolhas estouradas é apresentado fase a fase até completa saturação ilustrando os diferentes estados da mão.

O movimento repetitivo do braço, a ação persistente de apagar e o próprio ressurgimento da bolha, ilustram o ciclo.

Minha eterna gratidão aos organizadores e facilitadores do evento por todas as vivências.

Gilmara Oliveira.














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